Quem somos?
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Como a congregação não aceitava seu projeto e pretendia fechar a única escola que possuía, Madre Serafina decidiu seguir a vocação a que se sentia chamada. Com um grupo de oito irmãs, deixou a congregação das Terciárias de Santa Elisabeth e iniciou outra congregação em Bertinoro. Nesta pequena cidade, foi acolhida pelas autoridades eclesiásticas e civis, das quais recebeu grande apoio.
Em 1º de maio de 1898, o Instituto foi oficialmente reconhecido pelas autoridades religiosas. Nesse mesmo dia, Madre Serafina e suas oito companheiras renovaram os votos de: castidade, pobreza e obediência e professaram a Regra de Santa Clara.
Madre Serafina, confiante no Senhor, deu início à organização do Instituto e dedicou-se logo a escrever os regulamentos e as novas constituições, empenhando-se na formação de postulantes e noviças.
Logo começaram a chegar pedidos de fundações e de ingresso na Congregação. Madre Serafina cuidava de acolher a todos, entre temerosa e ousada. Apoiada na oração, apesar de oculta na Abadia da pequena Bertinoro, alargou o raio de sua ação em favor dos pobres. Em pouco tempo várias comunidades foram fundadas nos lugares mais pobres da Itália, onde havia necessidade de escolas para jovens do sexo feminino.
Quando surgiu o primeiro convite para terras de missão, Madre Serafina sentiu-se plenamente realizada na sua vocação. Ela mesma, por motivo de doença que frequentemente a colocava na cama durante muitos dias, nunca pode ir para as sonhadas missões. Entretanto, não mediu esforços para enviar suas seguidoras, sem medo das dificuldades.
Em 1901, a congregação abriu a primeira comunidade missionária na Índia, a convite de um bispo capuchinho. Foram anos de muita luta para que essa missão sobrevivesse. Em 1907, o convite do bispo da diocese de Diamantina, Dom Joaquim Silvério de Souza, motivou a abertura da missão no Brasil. Quatro Irmãs italianas - Irmã Bernardina, Irmã Ana, Irmã Benedita e Irmã Francisca - fizeram viagem de um mês, por terra, mar, navio costeiro, trem e a cavalo até atingir o local da missão. O trabalho das missionárias em Itambacuri agradou tanto que logo foram surgindo convites para abertura de mais comunidades.
Madre Serafina não parou no seu desejo de levar o Evangelho de Cristo pelo mundo. Seu coração se abriu para todos. Na Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, ela e suas Irmãs se prepararam para ajudar os feridos alojados em hospitais militares. Ela escreveu ao Papa dizendo: “Nesses momentos terríveis, por causa desta guerra trágica, coloco à disposição de Sua Santidade Irmãs, escolas e tudo o que é necessário para ajudar e se necessário dar a vida para salvar os que sofrem”.
Madre Serafina sempre teve uma saúde delicada. Poucos dias antes de morrer, ele reúne todas as Irmãs para dizer: "Adeus, vão pelo mundo e levem o amor de Jesus Eucaristia, tornem-se santas e sempre façam o bem a todas as pessoas."
Na madrugada de 18 de junho de 1917, Madre Serafina, aos 64 anos, tendo cumprido com Amor a vontade de Deus, tão desejada por ela, voou para o céu. Suas últimas palavras foram: "Ave Maria, Ave Maria ... No céu nos encontraremos para sempre!"
Atualmente, em processo para sua canonização, Madre Serafina foi declarada Venerável em 2010. E a Congregação segue na missão que por ela foi criada e confiada.
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